Com uma pequena estatura de 1,65m, sou pura perversão e luxúria, pois nos menores fracos, vivem os melhores perfumes e mais letais venenos. Mas antes de falar sobre minha reinante persona, devo contar sobre a mulher que sempre se sentiu perdida e estranha. Ser recatada e submissa sempre me causou repulsa e prisão; as regras pareciam arcaicas e ridículas para mim. Eu me sentia como uma estranha no ninho. No sexo, sempre preferi estar no controle, dar ordens e focar em meu prazer de fêmea alfa no cio. Sentia-me estimulada pela humilhação alheia; lágrimas e desculpas eram a melhor maneira de perceber a insignificância do outro. O BDSM entrou na minha vida de forma nada convencional, por meio de um homem que me seduziu com a ideia de dor e prazer. Nunca esquecerei aquela frase: “Todos estamos sujeitos ao chicote; a diferença está em saber de que lado você está”. Minha primeira sessão foi como estourar uma garrafa de champanhe; senti as bolhas e me senti poderosa, sedenta e faminta. Mais importante, descobri meu lugar; não apenas um lugar para transitar, mas para reinar em minha corte onde essa fêmea está no topo da cadeira alimentar. Dominar homens, deixando-os de 4, subjuga-los e arrancando-lhes qualquer resistência e traço de masculinidade tornou-se um bálsamo, um deleite para mim. Desde o dia em que estourei a champanhe, decidi que o mundo é uma festa e eu seria a atração única e principal. Sou como a água que sacia a sede, a comida que nutre, a resposta para os desesperados, o farol para os perdidos, a luz no fim do túnel e a escuridão e perdição para os atrevidos e inadvertidos. Eu sou Miranda, a rainha pela qual você anseia ajoelhar-se.